terça-feira, 15 de março de 2011

Planos de Revolução



Fez-se o escarcéu,
os pescadores de chamas
da aldeia do desterro
em plena sublevação popular

vão férteis ao marchar

como ondas
tontas
cantando
mantras
a se trans-
passar
[em...

Lançar redes de insubmissão sob o luar

crescer, cantar, cantar
multiplicar
o canto,
inundar
o mar,
de luar

A revolta do fogo
navega molhada
com respingos salgados

da maré
torta
das
con
tradi
ções

não tem direção inocente nem transviada,
vem do desejo de viver intensamente,
os gozos e as dores do tempo presente.

Ahhhhhh, Pammmmm, Tummmmmm
Tummmmmmmm, tummmmmmmmm,
Pesssssca, Pesssssssca, Pessssssssssca
Bate coração, bate coração,
Puuuxaaaaaaaa, Ahhhhhhhhhhhhhh

Ao amanhercer, no último suspiro do relento,
o horizonte espiava o semblante dos aldeões,
eles sorriam, serelepes,
driblavam o anzol,
dançavam suaves
sob a luz doce da alvorada.
Felizes como peixes, que comem a minhoca
e escapam do tempo
.
***
***

4 comentários:

Natália Kleinsorgen disse...

Driblavam o anzol,
felizes como peixes, que comem a minhoca e escapam do tempo.

Tullio disse...

sobreviver é uma necessidade estranha para os que pensam a vida.

''Driblavam o anzol,
felizes como peixes, que comem a minhoca e escapam do tempo''
Um espetáculo à atemporalidade!

-pura resistencia poética!
Bravo!

Tullio disse...

e o espatacular é sobreviver para a vida
''crescer, cantar, cantar
multiplicar
o canto,
inundar
o mar,
de luar''

Alexander Englander disse...

Natália, agora é tua também! Fiz a mudança que você sugeriu. A poesia ficou mais aquática. Fluidez cristalina para alumiar os sonhos, esperança prática que semeia a vida!