quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Hot Califórnia de Banana - Outra globalização é possível


Na sexta do dia 26 fui jogar uma sinuquinha com a rapeize. Como perto dela tem um retaurante japa, fomos nós rachar um yaksoba, afinal, sinuca cansa a vera, e a gente tinha que tá bem nutrido. Até aí era um dia normal, mas eis que quando já acabavámos o ksobão o gerente do lugar resolve nos presentear com as "sobras" do rodízio. E maluco, que sobras!! Hot Caifórinia de salmon, rolinho primavera de banana e de camarão, e o melhor da noite, Hot Califórnia de Banana com calda de chocolate (muito melhor que esse sushi da foto de cima) !! Nem precisa dizer que só faltou nós chamarmos o gerente pra jogar sinuca com a gente!!
Pensamentos toscos do dia: Sushi do Japão, Cream Cheese e fritura dos EUA, Chocolate da Europa e banana do Brasil, e melhor, tudo isso de gratís!! PQP, isso sim é globalização que vale a pena!!! Aí garçom, manda mais AÊ!!!!

PS: Como esse brog se pretende sério pra kct, posto abaixo pensamentos do grande Milton Santos, que com seus pensamentos contribuiu em muito para se pensar em outra globalização, mais justa e plural, oposta a do pensamento único neoliberal:

"(...)As culturas nacionais desabrocham como reflexo do que se convencionou chamar de gênio de um povo, expresso pela língua nacional, que é também uma espécie de filtro, veículo das experiências coletivas passadas e também forma de interpretar o presente e vislumbrar o futuro. É verdade que na sociedade babelizada que é a nossa, as contaminações de umas culturas pelas outras tornaram-se possível industrialmente, dando lugar a uma mais forte influência daquelas tornadas hegemônicas sobre as demais, que assim são modificadas. É por isso que toda controvérsia sobre o assunto deve ser atualizada e, para ser consequente, tem de ser começada e terminada com a difícil, mas escorregadia, discussão sobre a indústria cultural: o que é, como se dão seus efeitos perversos em termos de lugar e de tempo. Sem isso o debate pode se dar hoje, mas é como se ainda estivéssemos vivendo em outro século e em outro planeta.Sem essa precaução, corremos o risco de colocar no mesmo saco as diversas manifestações ditas culturais e de avaliar com a mesma medida os seus intérpretes.
Condições particulares
O Brasil, pelas suas condições particulares desde meados do século 20, é um dos países onde essa famosa indústria cultural deitou raízes mais fundas e por isso mesmo é um daqueles onde ela, já solidamente instalada e agindo em lugar da cultura nacional, vem produzindo estragos de monta. Tudo, ou quase, tornou-se objeto de manipulação bem azeitada, embora nem sempre bem-sucedida. O Brasil sempre ofereceu, a si mesmo e ao mundo, as expressões de sua cultura profunda através do talento dos seus pintores e músicos e poetas, como de seus arquitetos e escritores, mas também dos seus homens de ciência, na medicina, nas engenharias, no direito, nas ciências sociais.
Hoje, a indústria cultural aciona estímulos e holofotes deliberadamente vesgos e é preciso uma pesquisa acurada para descobrir que o mundo cultural não é apenas formado por produtores e atores que vendem bem no mercado. Ora, este se auto-sustenta cada vez mais artificialmente mantido, engendrando gênios onde há medíocres (embora também haja gênios) e direcionando o trabalho criativo para direções que não são sempre as mais desejáveis. Por estar umbilicalmente ligada ao mercado, a indústria cultural tende, em nossos dias, a ser cada vez menos local, regional, nacional. (...)"

Da Cultura à Indústria cultural: http://br.geocities.com/madsonpardo/ms/folha/msf10.htm

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